domingo, 7 de março de 2010

Nossos anjos e diabos

Somos feitos dos dois

 

     Lembram daqueles anjinhos e diabinhos que ficam soprando nos ouvidos dos personagens de desenhos animados?
Pois é, eles existem mesmo! E também sopram em nossos ouvidos, escolhendo sempre as piores situações, logo nas maiores dificuldades de nossas vidas, falam ao mesmo tempo e nos confundem,  aumentando nosso interno caos.

     O anjo com suas virtudes de bom moço, sempre diz que é melhor assim, que dos males o menor, que ficam os dedos e os anéis são readquiridos depois, que daremos a volta por cima em seguida e que faremos uma limonada daquele ácido limão. Fala pra vermos o lado bom disso e que não é tão ruim quanto poderia ter sido.

     O diabo, sabotador de nossas melhores intenções, só quer que mandemos tudo praquele lugar e que atiremos tudo pra cima e demos uma banana pra todo mundo. Fala que seremos esquecidos e mofaremos em algum lugar menos importante do que merecemos, caso não formos logo embora. Grita que somos apenas isso mesmo e  que se aceitarmos ser menos do que já fomos as outras pessoas terão o direito de nos limitar, entretanto não possuímos tal direito.
     Nesses momentos, os quais nos proporcionam tamanha confusão, mantermos o equilíbrio é fundamental, alternando entre ouvir o anjo e amordaçar o diabo e vice-versa. Afinal, em nossas vidas a menor distância entre dois pontos nunca é uma linha reta.
     Primeiro seguirmos confiando no anjo -positivo e otimista-  porém não descartando as idéias do diabo -este, mais velho e experiente- ou, em seguida, aconselharmo-nos com o diabo, aguardando a vez da voz do anjo.



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