quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Sobre as certezas


Gostaria de poder afirmar que não tenho convicções sobre coisa nenhuma, pois tudo muda muito rapidamente. No entanto, estou convicto de que não posso fazê-lo.
(Centurião)

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Perda de tempo fatal



Um homem sentou-se num banco ao lado de um provador de roupas, na seção feminina de uma loja de shopping, enquanto sua mulher e filha vestiam dezenas de peças. Tempos depois, funcionários encontraram seu esqueleto.
O ossário foi imediatamente levado ao subsolo da loja, para um local denominado "Maridos Esquecidos", onde repousavam outros milhares de ossos.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O palavrão


Em certas ocasiões da vida, o sentimento mais puro e verdadeiro só pode ser expresso com uma obscenidade. De preferência, gritando-a. Não existe nenhuma outra palavra capaz de transmitir o que estamos sentindo realmente em determinados momentos, senão um bom palavrão. Vejamos alguns casos em que ele é essencial:

Você está em casa pregando um prego na parede para colocar um quadro e num descuido qualquer, martela o dedo. Certamente você não dirá: - Puxa, que azar! Logo quando faltava só um terço do prego para entrar na parede, foi me acontecer isto. É mais provável que você berre: P#%ta Que P*$"riu!Que martelo de me#%&da! ou algo pior.

No escritório, seu chefe pede para o seu relatório mensal "voltar para a pranchetadepois de você trabalhar nele durante uma semana inteira com horas extras e trabalho estressante. É claro que você mantém uma atitude profissional de autocontrole. Deverá comentar assim com algum colega mais chegado: - Essa é mais uma lição que aprendo com o Seu Joaquim. Realmente tenho que me esforçar mais e atentar para detalhes que podem fazer a diferença na apresentação do resultado. Mas o que você pensa em dizer talvez seja alguma coisa neste nível: - Que cara filho da p#&ta! Me f*%di a semana inteira e prá quê? Porque Ele não limpa aquele b#$!dão com este calhamaço? ou coisa mais escabrosa.

Falar palavrão é como espirrar ou tossir. Não devemos conter. Ele não pode ficar nas nossas entranhas, sob pena de fazer mal a nossa saúde. No entanto, assim como o espirro e a tosse acontecem de maneira eventual, o palavrão tem que ser usado de forma moderada e com pouca frequência, caso contrário vira linguagem corrente, como já ocorre nos estádios de futebol e no trânsito das grandes cidades.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

O não saber




Um professor universitário visitou Nan-in, o mestre zen, para perguntar sobre o zen. Contudo, em vez de ouvir o mestre, o professor se limitou a falar sobre as próprias idéias.
Depois de ouvir por um tempo, Nan-in serviu chá. Encheu a xícara do visitante e continuou a servir o chá. O líquido transbordou, encheu o pires, caiu nas calças do homem e no chão.
- Não está vendo que a xícara encheu? - explode o professor. - Não cabe mais nada.
- Isso mesmo - responde calmamente Nan-in. - Tal como essa xícara, você está cheio de suas próprias idéias e opiniões. Como poderei mostrar-lhe o zen se você não esvaziar sua xícara primeiro?


quarta-feira, 15 de julho de 2015


Somos viajantes no tempo.
No nosso tempo.
Do tempo que dispomos não temos a menor ideia.
Por isso cada instante é precioso. Cada momento deve ser vivenciado com proveito e alegria.
O nosso futuro é construído no presente! O nosso futuro é viver totalmente o hoje.

(Centurião)

terça-feira, 7 de julho de 2015

Imortalidade alcançada


Um homem admirável, inspirado por outros dois homens admiráveis: Jesus e Ghandi. Um homem capaz de liderar pelos caminhos da não-violência, milhões de negros ao resgate dos valores da dignidade, liberdade e igualdade, depois de quatrocentos anos de servidão e inferioridade.
Um homem visionário, persuasivo, carismático, culto e simultaneamente humilde e amoroso. Estes adjetivos e outros mais tornaram-no imortal, pois sua luta pelos direitos civis na metade do século vinte, transformou para sempre as relações sociais nos Estados Unidos da América.

Para os interessados em conhecer melhor Sua vida e seu trabalho, recomendo a leitura de:



quarta-feira, 20 de maio de 2015

Sabedoria esfarrapada


Alguns dias atrás se instalou na praça em frente ao edifício onde eu moro, uma mendiga.
Ontem à noite, minha mulher decidiu descer e oferecer um cobertor à indigente, mas eu a convenci a não fazê-lo naquela hora, já que era tarde e estava muito escuro. Eu mesmo levaria na manhã seguinte.
Hoje, logo cedo, me aproximei do local com o cobertor debaixo do braço e perguntei à senhora se podia lhe entregar. Ela respondeu que sim, sem agradecer. Em seguida perguntei seu nome e ela respondeu: "- Bernardete Salete da Silva, mas é só Salete, viu moço?". Não perguntou meu nome e eu também não disse.
Então falou que estaria saindo dali à tarde, pois estava sendo muito xingada e incomodada por uma "véia que mora aí em frente". Pediu-me uma panela para esquentar água para o chimarrão. Subi para procurar a panela e em alguns minutos voltei lá e lhe entreguei. Uma cadelinha vira-lata a acompanhava. Perguntei o nome dela e veio a resposta: " - O nome dela é Princesa. Ela já está com os dentes bem afiados e hoje me mordeu! Também tenho a Bolinha, só que quebrou a pata e tá no "veterinár"! ". Despedi-me dela e voltei ao apartamento.
O que mais me marcou do nosso rápido encontro foi o que ela disse por último: " - Essa véia não sabe que ninguém é dono de nada. Esse mundo é de Deus!".