segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O palavrão


Em certas ocasiões da vida, o sentimento mais puro e verdadeiro só pode ser expresso com uma obscenidade. De preferência, gritando-a. Não existe nenhuma outra palavra capaz de transmitir o que estamos sentindo realmente em determinados momentos, senão um bom palavrão. Vejamos alguns casos em que ele é essencial:

Você está em casa pregando um prego na parede para colocar um quadro e num descuido qualquer, martela o dedo. Certamente você não dirá: - Puxa, que azar! Logo quando faltava só um terço do prego para entrar na parede, foi me acontecer isto. É mais provável que você berre: P#%ta Que P*$"riu!Que martelo de me#%&da! ou algo pior.

No escritório, seu chefe pede para o seu relatório mensal "voltar para a pranchetadepois de você trabalhar nele durante uma semana inteira com horas extras e trabalho estressante. É claro que você mantém uma atitude profissional de autocontrole. Deverá comentar assim com algum colega mais chegado: - Essa é mais uma lição que aprendo com o Seu Joaquim. Realmente tenho que me esforçar mais e atentar para detalhes que podem fazer a diferença na apresentação do resultado. Mas o que você pensa em dizer talvez seja alguma coisa neste nível: - Que cara filho da p#&ta! Me f*%di a semana inteira e prá quê? Porque Ele não limpa aquele b#$!dão com este calhamaço? ou coisa mais escabrosa.

Falar palavrão é como espirrar ou tossir. Não devemos conter. Ele não pode ficar nas nossas entranhas, sob pena de fazer mal a nossa saúde. No entanto, assim como o espirro e a tosse acontecem de maneira eventual, o palavrão tem que ser usado de forma moderada e com pouca frequência, caso contrário vira linguagem corrente, como já ocorre nos estádios de futebol e no trânsito das grandes cidades.

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