quarta-feira, 15 de maio de 2013

Encruzilhadas


 Vincent Van Gogh certo dia falou: " Somos estranhos percorrendo a longa estrada da terra ao céu. E por sabermos que nosso Pai está conosco - como amigo, guia, socorro - que a solidão da caminhada se torna mais suportável. Quando estamos tristes e desanimados, Deus nos brinda com um belo e caloroso aperto de mão".
Considero-o um homem impressionante e um artista brilhante. Um ser que lutou contra a miséria material e o desespero mental. Pretensão minha saber se ele amava a vida e depois cansou. E sua fé? Ela evadiu-se de sua alma ou foi abandonada por ele? A solidão da caminhada teria ficado insuportável para ele? Deus atrasou-se para apertar sua mão quando ele estava mais triste e desanimado? Foi ele precipitado?
Jamais saberemos as suas verdades, mas em algumas encruzilhadas de nossas vidas, teremos que  fazer as nossas próprias perguntas.

 

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Novo Ânimo



...Deves mudar o ânimo, não o céu. Mesmo que atravesses o vasto mar, mesmo que, como diz o nosso Virgílio, "se percam a terra e as cidades", os vícios te seguem e te perseguem aonde quer que vás.
Sendo perguntado sobre isso, Sócrates disse: "Porque te admiras de que em nada as viagens te beneficiem quando te levas contigo? Vai atrás de ti a mesma causa que te faz fugir." A quem pode ajudar a novidade das terras? A quem o conhecimento das cidades ou dos lugares? Toda essa agitação é em vão. Perguntas por que essa fuga não te ajuda; ora, tu foges de ti mesmo. É o peso da alma que deves deixar: antes disso, nenhum lugar te agradará.
... Mais importante não é o lugar, mas o estado de ânimo, pois o ânimo não se torna escravo de nenhum lugar. Vive com essa convicção: "Não nasci para um único lugar, a minha pátria é esse mundo inteiro".
( Aprendendo a viver - Cartas a Lucílio, XXVIII, Da viagem/ Sêneca)