terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O monstro que vive dentro da minha cabeça


Menos de meio por cento da população mundial tem cefaléia em salvas, um tal de cluster, como é conhecida em inglês essa doença muito rara que acomete predominantemente os homens. Eu tenho esse monstro dentro da minha cabeça. Sete bilhões de humanos no mundo e caiu para mim essa coisa!

O monstro é bastante pontual e metódico. Bate ponto na minha cabeça a cada dois anos e seu “contrato” de trabalho dura três meses. Ele tem filosofia de trabalhador japonês e estabeleceu-se lá há mais de quarenta anos. Embora não seja lá muito esforçado e só trabalhe em média uma hora e meia por dia, algumas semanas antes de encerrar as atividades faz muitas horas extras diárias.

Seu trabalho consiste em descontrolar totalmente minha cabeça, confundir meus pensamentos e ações e provocar-me desespero e agonia inimagináveis, através da dor em facadas, da sensação de ardência e queimação, de lacrimejamento e de congestão nasal. Só não é pior porque ele age apenas no lado direito da minha face. Esse monstro é cruel porque é um torturador requintado e não quer me matar, embora as vezes eu queira morrer!

Medicamentos para acabar com ele, nem pensar! Já experimentei todos os que existem e pretendo tomar também os que ainda não foram fabricados. Alguns trazem um alívio insignificante por um tempo muito pequeno e outros potencializam a dor, vejam só! Acho que não só as baratas sobreviverão ao hecatombe nuclear, mas também esse monstro.

Quando travamos a luta, penso nas minhas relações, na família, no trabalho, nos meus objetivos e nas coisas boas e positivas da vida e assim, consegui vencê-lo até agora. Esse têm sido o meu antídoto contra esse mal, que substitui todos os medicamentos ineficazes. Mas o monstro nunca é expulso, nunca morre. Como faz um grande urso no inverno, só hiberna dentro da minha cabeça.


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Montanhismo


Em 2011, tenho uma nova montanha para escalar. O céu está claro e do sopé, avisto o topo lá em cima. O equipamento é bom e o sangue é novo!
(Centurião)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O Poder do Pensamento

O homem semeia um pensamento e colhe uma ação. Semeia um ato e colhe um hábito. Semeia um hábito e colhe um caráter. Semeia um caráter e colhe um destino.
(Swami Sivananda - O Poder do Pensamento pelo Ioga)

domingo, 9 de janeiro de 2011

Fotografias



Vocês já notaram que ninguém olha impunemente uma fotografia? Ninguém simplesmente as olha e segue a vida. Fotografias são memórias congeladas que podemos reviver a qualquer momento. Amareladas ou digitalizadas, elas são os registros portáteis de instantes importantes ou despretensiosos de nossas existências, histórias de pessoas e de lugares que nos são caros, de animais de estimação, até mesmo de plantas e de tudo mais que existe e que pode ser fotografado. Assim como artefatos da antiguidade que se encontram no fundo do mar, debaixo da neve ou da terra, elas estão em toda parte: em nossas gavetas, dentro de nossas carteiras, em seus àlbuns apropriados, em caixas de papelão. São os fósseis da moderna humanidade.

Quando estamos a sós olhando fotografias, não há como deixar de refletir sobre nossas vidas, não é mesmo? Inevitável traçarmos paralelos entre momentos e situações do passado e do presente, entre estados de espírito de antes e de agora e entre períodos econômicos favoráveis ou não. Ao manuseá-las, podemos ter sensações de uma boa vida ou de incompletude, de progressos ou de regressões, de mudanças ou de inércia.

Quando as estamos mostrando aos outros, contamo-lhes histórias, próprias ou alheias e invariavelmente o fazemos com paixão e ternura. Pessoas nas fotos não escapam de comparações ou de lembranças, lugares são objetos de esquecimento ou de desejo de regresso. Através das fotos, lamentamos ou damos graças aos bens que antes possuímos e que ainda estão conosco ou que hoje não temos mais e por elas, choramos pelos nossos bichos de estimação que já se foram.

Vocês não acham que as fotografias são quase imortais? Tão quanto durar o papel, a máquina e o computador, elas continuarão a estar entre nós. Não deixem de fotografar e ser fotografados e principalmente, nunca deixem de olhá-las. Fotografias são momentos de nossas vidas que congelamos em algum tempo, para derreter nossos corações tempos depois.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Dica de leitura

Uma história completa, intensa e original da maior aventura do homem: a tentativa de conhecer o mundo à sua volta - a relação entre os céus e o seu próprio planeta, a misteriosa e inatingível dimensão do tempo, a extensa e colorida variedade de plantas e animais, o funcionamento complicado de seu próprio corpo, a diversidade surpreendente de sociedades humanas passadas e presentes está em

" Os Descobridores, de Daniel J. Boorstin, Editora Civilização Brasileira "


Vale muito a pena ler! Boa diversão.