sexta-feira, 30 de abril de 2010

Pensamento Sistêmico


" Nenhum homem é uma ilha em si mesmo; cada homem é uma parte do continente. A morte de qualquer homem me diminui porque estou envolvido na humanidade e, portanto, nunca sei por quem os sinos dobram; eles dobram por vós. " 

 John Donne (1572 –  1631) foi um poeta jacobino inglês, pregador e o maior representante dos poetas metafísicos da época. Sua obra é notável por seu estilo sensual e realista, incluindo-se sonetos, poesia amorosa, poemas religiosos, traduções do latim, epigramas, elegias, canções, sátiras e sermões. Sua poesia é célebre por sua linguagem vibrante e metáfora engenhosa, especialmente quando comparada à poesia de seus contemporâneos.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Pensar diferente


A verdadeira viagem da descoberta não é achar novas terras, mas ver o território com novos olhos.
(Marcel Proust)

sábado, 24 de abril de 2010

Dicas de leitura

Olá pessoal,
Minha sugestão de leitura é o espetacular



"O fio da navalha", de W.Somerset Maugham, Editora Globo
O livro descreve a crise que Larry Darrell, um piloto militar norte-americano que atuou na Primeira Guerra Mundial, vive. Desiludido e traumatizado, ele resolve afastar-se da vida comum para procurar autoconhecimento e paz espiritual. Desiste do emprego e do casamento e viaja para a Europa e depois, para a Índia, onde vive diversas aventuras espirituais. O fio da navalha foi levado para o cinema, estrelado por Tyrone Power em 1946 e por Bill Murray em 1984.
Sem dúvida, vocês gostarão de ler. Aproveitem.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Coração de estudante

"A história é êmula do tempo, repositório dos fatos, testemunha do passado, exemplo do presente, advertência do futuro."
(Miguel de Cervantes)

Ontem, 21 de Abril, foi feriado nacional. Entretanto constato com tristeza presente e preocupação com as futuras gerações, um esquecimento dos brasileiros ao motivo da data: Tiradentes.
Onde foi parar a memória de nossa história? A quem cabe manter sua preservação, ao Estado, aos meios de comunicação, às instituições educacionais?
Lembro-me há anos atrás, que a imprensa escrita e os telejornais principalmente, abriam espaços e davam destaques aos fatos da inconfidência mineira, à vida de Tiradentes, às lutas dos inconfidentes contra os abusos fiscais da coroa portuguesa e à sua contribuição para a independência do País. As escolas, na véspera da data ou imediatamente depois, promoviam eventos, gincanas, solicitavam trabalhos e redações aos alunos sobre o tema. As forças armadas comandavam eventos públicos para saudar o nosso herói nacional e exaltar seus feitos. Em suma, lembravam-nos da nossa história e fortaleciam-nos na mente e no coração, a imagem heróica de Joaquim José da Silva Xavier.

Será apenas saudosismo de um coração de estudante o que lamento? Será que a história perdeu importância nas mídias, diante de outras questões e problemas que nos afligem no século 21? Ou será algum receio político de ser confundidas com esse ou aquele governo?
Muito por causa desse tipo de esquecimento, o Brasil hoje é um país sem heróis e vemos nossa gente enaltecer qualquer subcelebridade de última hora que aparece pela frente. Os heróis são necessários para ajudar-nos a entender de onde viemos, quem somos e que destino daremos ao nosso futuro como nação.

Eu, particularmente mais feliz que a maioria dos que esqueceram, tenho outra razão para tornar a data inesquecível: é o aniversário da minha mãe.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Trânsito nas grandes cidades



Se um alienígena sobrevoasse uns poucos quilometros do planeta, poderíamos perdoá-lo por pensar que os automóveis fossem a forma de vida dominante, não passando os humanos de uma espécie de célula combustível ambulante injetada quando o carro quisesse mover-se e ejetada quando se esgotasse.

( Hearthcote Williams - Autogedom)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Acontece nas melhores famílias (e também nas piores)

São três crônicas que escrevi a respeito da experiência de estar desempregado. Esta é a última.


III - Procura-se emprego nem tão desesperadamente assim

Na primeira semana de Março, estamos de volta à cidade. Ao entrar em casa, abro a caixa do correio, que abarrotada de contas e folhetos, denuncia o nosso retorno à realidade.
Passam-se mais alguns dias. Sou franco-atirador de currículos. Envio-os para todos os lugares possíveis na minha área de atuação: Hospitais, clínicas, seguradoras, etc. Com muita soberba e profundo desconhecimento sobre o funcionamento do mercado de trabalho na atualidade, nem penso em trabalhar em outra atividade que não seja relacionada com saúde e tampouco em ganhar somente “aquela mixaria” de antes.
Ao mesmo tempo em que lanço currículos desvairadamente, aproveito para conferir, sem muito acreditar, o outplacement (recolocação), benefício contratado a uma consultoria especializada por meu ex-empregador. Marco o dia e horário da reunião de apresentação.

Chega o dia combinado. Uma profissional muito simpática e educada me recepciona e conversamos durante uma hora. Bem, eu falo incessantemente durante todo o tempo! Não sou nada humilde, digo à ela que tenho muitos relacionamentos no setor e desafio-a, dizendo que espero que eles tragam-me uma nova posição antes mesmo de que os meios empregados pela sua consultoria a consiga.
 Ela ouve com muita atenção e paciência, demonstrando ao final a mesma simpatia. Dá um sorriso compreensivo, como quem diz: - Pai, perdoe-o. Ele não sabe o que fala!

Tive a melhor impressão dela e apesar do meu descrédito com o serviço, fruto de minha arrogância, penso que é melhor ter também essa opção, para o caso das coisas que planejei não saírem tão bem. Marcamos uma nova reunião para a semana seguinte. Despeço-me confiante e altivo.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Dicas de leitura

Nessa semana, o Centurião recomenda dois livros que abordam Saúde, pela passagem do Dia mundial da Saúde, no último dia 07:

"Repensando A Saúde", de Michael E. Porter e Elisabeth O. Teisberg, Editora Bookman
Os autores propõem uma nova visão, na qual todos os participantes do sistema estão concentrados em melhorar o valor, medido com base em resultados alcançados por dólar gasto. A proposta de Porter e Teisberg está pautando o debate sobre a atual crise dos sistemas de saúde. Na maioria dos países a competição existente na assistência à saúde é aquela em que todos se preocupam em transferir custos. Só existe uma forma de criar um mercado de saúde eficiente e competitivo: competindo em resultados para o paciente e redirecionando o foco de redução de custos para agregação de valor ao paciente.


"A história da humanidade contada pelo vírus", de Stefan Cunha Ujvari, Editora Contexto
Malária, sífilis, tuberculose, ebola, gripe, aids, sarampo e outros males que atacam a humanidade revelam muito mais da nossa história do que imaginamos. Os passos do homem ao longo das épocas, pelos continentes, o início da utilização de vestimentas, a convivência com diversos animais, o encontro com outros seres humanos: tudo isso pode ser desvendado agora com o estudo microscópico de vírus, bactérias e parasitas que cruzaram - e cruzam - o nosso caminho. Por meio do DNA dos microrganismos, podemos saber quando e como as epidemias atuais se iniciaram e de que forma elas condicionaram a existência humana.
  
Excelente leitura à vocês!

sábado, 10 de abril de 2010

Fazer o bem dá sempre retorno

Em Abril de 2009, eu fiz parte de um pequeno grupo de colaboradores que entregou totalmente reformado, o centro cirúrgico de uma grande operadora de planos de saúde do Estado.
No final de Março de 2010, passado um ano do evento e não mais pertencendo ao corpo funcional da empresa, minha mulher necessitou submeter-se a uma cirurgia de urgência e o local designado foi o referido centro cirúrgico, na Grande Porto Alegre. Na noite marcada para o procedimento, chegando ao andar, fiquei mais emocionado ainda do que já estava pela própria situação. Tudo estava lá... A sala de espera, o cirurgião, a anestesista, a enfermeira, os técnicos, o material necessário, a sala de recuperação e ao final, até o suco e as bolachinhas para a recuperação da paciente.
Fomos tratados com um carinho excepcional, como é comum, por todos os profissionais e não exclusivamente por eu ter sido reconhecido por vários deles, pois os outros três pacientes que estavam no recinto receberam tratamento igual. Sem falar que a cirurgia foi bem sucedida e a paciente irá retirar os pontos já na próxima semana, além da rapidez e eficiência no atendimento dos trâmites pré-cirúrgicos, uma semana antes.
O que mais me comoveu foi o fato de eu ter contribuído para a remodelação do centro cirúrgico e tempos depois, um familiar meu precisar utilizá-lo. Chamo isso de circularidade universal de fazer o bem. Não somos nada! Os pacientes, a quem devemos servir e para os quais construímos as estruturas, não estão distantes de nós. Somos eles."

Centurião - Abril de 2010

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Lições do Budismo

COMPAIXÃO
A compaixão é fundamental à nossa natureza. Para alcançá-la, não temos que nos tornar religiosos, nem necessitamos de qualquer ideologia. Tudo que é necessário é usarmos nossas qualidades humanas básicas.
(Dalai lama)


O mantra mais vulgarmente entoado pelos tibetanos de todas as origens é o de Avalokiteshvara ou, como é conhecido no Tibete, Chenrezig. Om mani pädme hum, mantra que converte a mente de pensamentos egoístas e invoca o espírito da compaixão universal representada pela forma arquetípica de Avalokiteshvara. Embora os mantras desafiem a interpretação literal, as sílabas sânscritas que invocam a compaixão altruísta traduzida como “A jóia(da compaixão) e o lótus(a sabedoria) habitam o coração mais interior.”
Avalokiteshvara, o mais importante dos Bodhisattvas (seres de sabedoria), leva-nos a compreender que tudo o que acontece nas nossas vidas, direta ou indiretamente, é o resultado das nossas aspirações. Nós criamos a nossa própria realidade.
(Romio Shrestha)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Autoconhecimento


"Se você tentar entender muito, não entenderá nada. O melhor é entender a nós mesmos, pois assim entenderemos tudo."
(Shunryu Suzuki)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Acontece nas melhores famílias (e também nas piores)

 São três crônicas que escrevi a respeito da experiência de estar desempregado. Essa é a segunda. 

II - O dia seguinte

Pela manhã já no litoral, a raiva tinha passado. Diminuida a tristeza, ficou a mágoa.
 O dia está lindo e faz calor. Projeto mais vinte e nove iguais e esse, mesmo que seja improvável de acontecer.Sinto aquela alegria infantil que só as férias são capazes de trazer de volta, misturada com sentimentos de fé, esperança e medo. Dá um friozinho no estômago, suor e taquicardia.

- Lá em Março a gente vai à luta e vê como fica, penso, enquanto caminho à beira-mar. Os planos para o futuro são os mais centrados e os mais mirabolantes, pois agora tudo é festa na praia. O futuro está um mês de distância!

Enquanto caminho, acompanhado de minha mulher, falo em retornar à um novo trabalho já em Abril, no máximo em Maio próximo. Ela diz que talvez leve mais tempo, em função do desemprego generalizado no país, da minha posição gerencial anterior e do meu salário elevado. Obviamente que eu não considerava-o tão elevado assim.
 A opinião dela não é levada em consideração, uma vez que decidi não ouvir notícias ruins durante o veraneio.

As férias trazem cores à realidade cinzenta e eu desejo que seja assim, por enquanto. Imagino como seria horrível o dia seguinte de um desempregado sem férias e sem praia. Chegamos à Plataforma! É hora de voltar ao 14. O Sol é causticante e o suor, intenso. Abro uma garrafa de suco de laranja gelado.