segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sobrevivendo na selva de pedra


Acredito que todos vocês já viram naqueles documentários sobre animais, uma girafa bebendo água na beira de um rio. Ela tem que abrir muito as patas dianteiras para que seu longo pescoço possa abaixar e sua cabeça ficar ao alcance da àgua. É uma posição de extremo risco, pois pode não permitir a ela uma fuga rápida em caso de aproximação de algum predador.
Outro dia, sentí-me assim ao ficar com um dos sapatos desamarrados em uma movimentada avenida da cidade. Tentei caminhar desse jeito pelo tempo máximo possível, mas a agonia foi tomando conta e finalmente tive que parar. Antes é claro, fui observando um local mais adequado(e menos embaraçoso) para amarrar o cadarço. Entrei em uma galeria, coloquei o pé em cima de um banco e amarrei o sapato. Ufa! São e salvo às nove horas da manhã.
Também tenho a mesma sensação de insegurança todas as vezes que em plena rua, tenho que atender o celular  ou tirar a carteira do bolso. Será medo excessivo, paranóia, síndrome de pânico, sensação de sufocação provocada pelo trânsito e por muita gente em movimento? Não sei o que é. Possivelmente eu tenha companhia nesses sentimentos. Como também não sei se a melhor solução é comprar sapatos sem cadarços! 

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